Mês da Conscientização
Sobre a Saúde Mental Materna
Saúde mental
das mães:
a arte de
cuidar
de si
#MaioFurtaCor
Cada mãe é uma artista, e sua saúde mental é a base de sua obra de arte.
A maternidade é um processo criativo e único, cheio de desafios, emoções e transformações, onde cada mãe pinta sua história com cores, traços e formas que refletem sua essência. Mas, assim como qualquer artista, ela precisa de momentos de pausa e cuidados para manter sua saúde mental em equilíbrio e continuar criando sua obra de vida com harmonia.
Uma obra de arte furta-cor
O que é o Mês da Conscientização sobre a Saúde Mental Materna?
O principal objetivo da campanha é combater o estigma social relacionado à saúde mental, especialmente no contexto materno, onde temas como depressão, ansiedade e suicídio entre as mães têm aumentado de forma alarmante.
Além disso, o movimento busca fomentar a criação de políticas públicas de saúde e leis que garantam a atenção integral à saúde das mulheres-mães.
25%
das
mães são
afetadas
com
depressão
pós parto
no
Brasil
Até
75%
das
mães
podem
ser
afetadas
com
Baby Blues
(tristeza materna)
Índice de
suicídio
no
pós-parto
é
92%
maior que mortes por hemorragia no pós-parto
A cada
100mil
nascidos
vivos;
3,7
mulheres suicidam-se
no pós-parto
Até a artista mais dedicada precisa parar, respirar e se cuidar
Confira alguns fatores que podem afetar a saúde mental na maternidade
Privação do Sono
A falta de sono afeta diretamente o humor, aumentando o estresse, a irritabilidade e a ansiedade.
Pressões sociais
A mãe costuma ser cobrada por familiares e pela sociedade para ser perfeita, o que contribui para sentimentos de culpa e frustração quando não consegue atender a essas expectativas.
Mudanças no relacionamento
A relação do casal sofre com a chegada da criança, exigindo adaptações que nem sempre são fáceis.
Autoestima
As transformações no corpo durante a gestação e o pós-parto podem abalar a autoestima da mulher.
Carreira e maternidade
A mulher pode sentir que sua carreira está ameaçada, o que gera medo e ansiedade. No entanto, essa é apenas uma fase, e com apoio, é possível conciliar maternidade e vida profissional.
Assédio Maternal
Uma forma de violência psicológica e discriminação sofrida por mulheres no ambiente profissional em razão da maternidade. Ele ocorre por meio de atitudes,como mudanças injustificadas de função, fiscalização excessiva, advertências sem motivo, entre outras práticas discriminatórias, especialmente após a licença-maternidade.
As 5 condições da saúde mental na maternidade
1.Depressão pós-parto
- Pode surgir durante a gravidez ou nas primeiras semanas após o parto.
- Sintomas: tristeza intensa, falta de energia, insônia ou sono excessivo, irritabilidade, isolamento, perda de interesse, dificuldade de concentração.
- Sinais graves: dificuldade de criar vínculo com o bebê e pensamentos de machucar a si mesma ou ao bebê.
- Necessita de acompanhamento profissional urgente.
2.Baby blues (tristeza materna)
- Mais leve que a depressão pós-parto.
- Aparece nos primeiros dias após o parto e dura até duas semanas.
- Sintomas: alterações de humor, ansiedade, irritabilidade, cansaço, distúrbios no sono e apetite, dificuldade de concentração.
3.Ansiedade
- Preocupações excessivas com o bem-estar do bebê e o futuro.
- Sintomas: pensamentos acelerados, temor constante, dificuldade de foco, palpitações e pensamentos repetitivos do tipo “e se…?”
4.Distúrbios alimentares
- Causados por pressões estéticas e críticas ao corpo durante e após a gravidez.
- Exemplo mais comum: bulimia (compulsão alimentar seguida de vômitos).
- Pode incluir jejum extremo, dietas sem orientação e excesso de exercícios físicos.
5.Depressão psicótica (psicose pós-parto)
- Rara, porém grave e emergencial (1 a cada 500 mães).
- Surge nas duas primeiras semanas após o parto.
- Sintomas: alucinações, delírios, agitação, mudanças bruscas de humor, perda de apetite e energia, impulsos de machucar o bebê, sensação de perda de controle.
Sua mente é a base da sua arte. Cuide bem dela.
• Peça ajuda de outras pessoas para que você consiga dormir bem, manter uma alimentação saudável, fazer exercício físico e receber apoio na medida do possível;
• Arranje tempo de qualidade para si mesma;
• Mantenha pensamentos positivos, sempre;
• Evite o isolamento;
• Fique longe de cafeína, álcool e outras drogas ou medicamentos, a menos que recomendado pelo seu médico;
• Se você está preocupado com algum distúrbio, faça seu primeiro check-up pós-natal o mais breve possível após o parto
Ser mãe é ser artista de uma obra intensa e real, feita de amor, mas também de cansaço, dúvidas e sobrecarga.
Não romantize a maternidade
Romantizar a maternidade é criar uma visão idealizada e irreal sobre o que é ser mãe, desconsiderando os desafios, sentimentos e individualidades de cada mulher. Essa ideia nasce de construções históricas e culturais que impõem um modelo de mãe perfeita e instintiva.
Essa pressão causa culpa, sofrimento e adoecimento emocional, pois muitas mulheres não se identificam com esse padrão. É essencial oferecer informação de qualidade, acolhimento e respeito às escolhas e realidades de cada mãe. Só assim construiremos uma maternidade mais humana, consciente e livre de julgamentos.
A mãe é artista, mas a obra não é solo. Pai não ajuda, cria junto!
O papel dos homens na parentalidade e no cuidado com os filhos precisa ser ampliado para que a sobrecarga materna seja reduzida. A ausência de uma divisão equilibrada das responsabilidades familiares impacta diretamente a saúde mental das mães, reforçando ciclos de exaustão e sofrimento emocional.
A parentalidade é um compromisso coletivo. Quando os homens assumem um papel ativo na criação dos filhos, a carga emocional e física das mães diminui, contribuindo para uma maternidade mais saudável e equilibrada.
Se essa mensagem tocou você, compartilhe.
Falar sobre saúde mental materna, dividir a criação e romper com romantizações é um ato de cuidado coletivo.
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